sábado, 31 de maio de 2014

Filme: A Língua das Mariposas


                            Segundo Filme: A Língua das Mariposas



Direção: José Luis Cuerda
Roteiro: Rafael Azcona, José Luis Cuerda, Manuel Rivas
Classificação indicativa: Livre para todos os públicos
Ano de Lançamento: 1999
Gênero: Drama
Origem: Espanha
Duração: 96 minutos
Tipo: Longa-metragem
Sinopse: Moncho, um menino de 7 anos, na véspera do primeiro dia de aula, não consegue dormir, atemorizado por que seu irmão mais velho lhe contou sobre professores que batem em alunos. Tímido e asmático, ele vive debaixo da saia da mãe superprotetora, numa pequena aldeia, no interior da Galícia, ao norte da Espanha, no ano que antecede a Guerra Civil Espanhola, quando ele reconhecerá a dura realidade de seu país. Rebeldes fascistas abrem fogo contra o regime republicano e o povo se divide. O pai e o professor do menino são republicanos, mas os rebeldes ganham força, virando a vida do garoto de pernas para o ar.

 Exibição dia 02/06 a partir das 20:30 com continuação no dia 05/06 a partir das 19:00.


Resumo do Filme: A Língua das Mariposas


Universidade Federal de Pernambuco
Centro de Educação - Departamento de Psicologia e Orientação Educacionais
Disciplina: Psicologia do Ensino e da Aprendizagem
Docente: Sandra Ataíde

Discentes: Flávia Alessandra R. da Silva
             Gilzelia Santana de Barros
                Jessica Wanessa S. de Lima
                 Joseane Texeira da S. Arcanjo



O filme “A Língua das Mariposas” se passa na Espanha, abordando a história de um garoto de sete anos chamado Moncho, que está a véspera de seu primeiro dia de aula. Este momento e muito difícil para o garoto, pois acreditava na ideia negativa que foi repassada para ele de que os professores castigavam os alunos por qualquer erro cometido. Criando concepções prévias sobre o processo de ensino-aprendizagem e da relação professor-aluno.
Chegando a escola Moncho se surpreende ao perceber que o seu professor não é nada do que ele imaginava. Don Gregório se mostra um professor próximo, tranquilo, de expressões calma, paciente e se apresentava sempre elegante. Era um professor que jamais utilizaria métodos agressivos com seus alunos, independentemente dos problemas que surgissem, contrastando com os posicionamentos fortes e autoritários dos demais professores daquela época. Sua pedagogia segue a tendência libertária, visando á construção do conhecimento por parte do aluno.
Depois que o garoto conhece melhor seu mestre, e seus ensinamentos, desperta em si o prazer pelo aprendizado e a vontade de estar na escola. O medo que tinha anteriormente se transforma em uma admiração, construindo um grande elo de carinho e amizade entre os dois.
Don Gregório oferece uma metodologia diferenciada, com ensinamentos voltados para a vida, proporcionando aos alunos novos conhecimentos e novas posturas perante o mundo.  Em uma de suas aulas havia ensinado que as mariposas possuem uma língua, chamada “Tromba Espiral” usada por elas para colher o néctar das flores, e em troca desse alimento elas espalhavam as sementes de todas as flores das quais se alimentavam. Também comentou sobre o um pássaro Australiano chamado “Tilonorrinco” que carrega flores para sua amada quando está apaixonado.
 Chegando a primavera o professor leva sua turma para uma aula ao ar livre a fim de que eles possam sentir a natureza e não apenas só ouvir, ler e escrever sobre ela. Aproveitando o momento para distribuir seus valores, para que os alunos possam aprender sobre a vida, sobre o outro e sobre tudo que ocorre ao seu redor, aprendendo a viver em natureza, com harmonia, respeito e gratidão.
O filme trata toda a beleza e realidade da vida, um aprendizado real de sentimento diário: a descoberta do medo, da amizade, do amor, da vergonha, da solidariedade, da maldade, da corrupção e do preconceito. Descobertas que fazem o garoto Moncho crescer no aprendizado e amadurecer a cada dia.
 Aos poucos, o clima harmonioso do filme é trocado pelas turbulentas transformações que passava o país naquele momento que antecedia a guerra espanhola.
À noite Moncho presencia da janela do seu quarto os militares expulsando os republicanos de suas casas, e no dia seguinte são apresentado em praça pública todos os detidos cujo destino seria a morte. Entre os presos estavam pessoas próximas e queridas pela família de Moncho, como um dos integrantes da orquestra azul, que seu irmão fez parte, o pai de Roque, melhor amigo de Moncho, e por fim o professor Don Gregório. O choro e a tristeza da família de Moncho foram comoventes, principalmente pelo pai que era um alfaiate republicano contrário ao regime que se instalara, tendo que gritar e blasfemar contra o professor e os demais capturados.

Os presos são levados aos gritos de ateu e comunista, inclusive por Moncho e sua família na tentativa de se protegerem da prisão. O olhar triste de Don Gregório parece questionar se seu trabalho havia sido em vão. Em seguida Moncho corre atrás do carro que leva os presos, jogando pedras e gritando em lagrimas “Tilonorrinco” e “Tromba Espiral” termos aprendidos na aula do professor, demonstrando que seu aprendizado não foi em vão, que  tudo que aprendeu ficou gravado e que jamais esqueceria o tão amado professor e todos os seus ensinamentos.