Segundo Filme: A Língua das Mariposas
Direção: José Luis Cuerda
Roteiro: Rafael Azcona, José Luis Cuerda, Manuel Rivas
Classificação indicativa: Livre para todos os públicos
Ano de Lançamento: 1999
Classificação indicativa: Livre para todos os públicos
Ano de Lançamento: 1999
Gênero: Drama
Origem: Espanha
Duração: 96 minutos
Tipo: Longa-metragem
Sinopse: Moncho, um menino de 7
anos, na véspera do primeiro dia de aula, não consegue dormir, atemorizado por
que seu irmão mais velho lhe contou sobre professores que batem em alunos.
Tímido e asmático, ele vive debaixo da saia da mãe superprotetora, numa pequena
aldeia, no interior da Galícia, ao norte da Espanha, no ano que antecede a Guerra
Civil Espanhola, quando ele reconhecerá a dura realidade de seu país. Rebeldes
fascistas abrem fogo contra o regime republicano e o povo se divide. O pai e o
professor do menino são republicanos, mas os rebeldes ganham força, virando a
vida do garoto de pernas para o ar.
Exibição dia 02/06 a partir das 20:30 com continuação no dia 05/06 a partir das 19:00.
Resumo do Filme: A Língua das Mariposas
Universidade Federal de Pernambuco
Centro de Educação - Departamento de Psicologia e Orientação Educacionais
Disciplina: Psicologia do Ensino e da Aprendizagem
Docente: Sandra Ataíde
Discentes: Flávia Alessandra R. da Silva
Gilzelia Santana de Barros
Jessica Wanessa S. de Lima
Joseane Texeira da S. Arcanjo
O
filme “A Língua das Mariposas” se passa na Espanha, abordando a
história de um garoto de sete anos chamado Moncho, que está a véspera de seu
primeiro dia de aula. Este momento e muito difícil para o garoto, pois acreditava
na ideia negativa que foi repassada para ele de que os professores castigavam os
alunos por qualquer erro cometido. Criando concepções prévias sobre o processo
de ensino-aprendizagem e da relação professor-aluno.
Chegando
a escola Moncho se surpreende ao perceber que o seu professor não é nada do que
ele imaginava. Don Gregório se mostra um professor próximo, tranquilo, de
expressões calma, paciente e se apresentava sempre elegante. Era um professor que
jamais utilizaria métodos agressivos com seus alunos, independentemente dos
problemas que surgissem, contrastando com os posicionamentos fortes e
autoritários dos demais professores daquela época. Sua pedagogia segue a
tendência libertária, visando á construção do conhecimento por parte do aluno.
Depois
que o garoto conhece melhor seu mestre, e seus ensinamentos, desperta em si o
prazer pelo aprendizado e a vontade de estar na escola. O medo que tinha
anteriormente se transforma em uma admiração, construindo um grande elo de
carinho e amizade entre os dois.
Don
Gregório oferece uma metodologia diferenciada, com ensinamentos voltados para a
vida, proporcionando aos alunos novos conhecimentos e novas posturas perante o
mundo. Em uma de suas aulas havia
ensinado que as mariposas possuem uma língua, chamada “Tromba Espiral” usada
por elas para colher o néctar das flores, e em troca desse alimento elas
espalhavam as sementes de todas as flores das quais se alimentavam. Também
comentou sobre o um pássaro Australiano chamado “Tilonorrinco” que carrega
flores para sua amada quando está apaixonado.
Chegando a primavera o professor leva sua
turma para uma aula ao ar livre a fim de que eles possam sentir a natureza e
não apenas só ouvir, ler e escrever sobre ela. Aproveitando o momento para
distribuir seus valores, para que os alunos possam aprender sobre a vida, sobre
o outro e sobre tudo que ocorre ao seu redor, aprendendo a viver em natureza, com
harmonia, respeito e gratidão.
O
filme trata toda a beleza e realidade da vida, um aprendizado real de
sentimento diário: a descoberta do medo, da amizade, do amor, da vergonha, da
solidariedade, da maldade, da corrupção e do preconceito. Descobertas que fazem
o garoto Moncho crescer no aprendizado e amadurecer a cada dia.
Aos poucos, o clima harmonioso do filme é
trocado pelas turbulentas transformações que passava o país naquele momento que
antecedia a guerra espanhola.
À noite Moncho presencia da janela do seu
quarto os militares expulsando os republicanos de suas casas, e no dia seguinte
são apresentado em praça pública todos os detidos cujo destino seria a morte.
Entre os presos estavam pessoas próximas e queridas pela família de Moncho, como
um dos integrantes da orquestra azul, que seu irmão fez parte, o pai de Roque,
melhor amigo de Moncho, e por fim o professor Don Gregório. O choro e a
tristeza da família de Moncho foram comoventes, principalmente pelo pai que era
um alfaiate republicano contrário
ao regime que se instalara, tendo que gritar e blasfemar contra o professor e
os demais capturados.
Os
presos são levados aos gritos de ateu e comunista, inclusive por Moncho e sua
família na tentativa de se protegerem da prisão. O olhar triste de Don Gregório parece questionar se seu trabalho
havia sido em vão. Em seguida Moncho corre atrás do carro que
leva os presos, jogando pedras e gritando em lagrimas “Tilonorrinco” e “Tromba Espiral”
termos aprendidos na aula do professor, demonstrando que seu aprendizado não foi
em vão, que tudo que aprendeu ficou gravado e que jamais esqueceria o tão amado
professor e todos os seus ensinamentos.